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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

We come all sizes


Este blog apoia incondicionalmente o “The Fat Acceptance Movement” (Movimento de Aceitação do Gordo) também conhecido como “The Size (tamanho) Acceptance Movement” ou “Fat Pride” que luta contra a discriminação social contra gordos e obesos, que atingiu proporções só comparáveis ao racismo ou à homofobia. Com um agravante: a discriminação tem apoio da classe médica que considera o obeso “um doente culpado da própria doença”.
Existem no mundo, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), mais de um bilhão de adultos com excesso de peso e cerca de 300 milhões de obesos e nós sabemos que embora haja uma estreita relação entre consumo calórico e excesso de peso, existem vários outros fatores clínicos e psicológicos que levam à obesidade. A medicina prefere ignorar quando o gordo chega ao consultório e diz que não consegue emagrecer mesmo comendo menos. Esta verdade de um bilhão de pessoas é ridicularizada pelos médicos que preferem a solução mais simples e mais lucrativa de remédios que causam dependência e, nos anos mais recentes, da cirurgia bariátrica que torna a pessoa um eterno paciente em tratamento.
Pode parecer estranho que um blog dedicado à história de uma dieta apoie este movimento, mas não é. Este blog surgiu, como pode ser lido no seu manifesto “E se as uvas estiverem verdes”, de outubro de 2009, da raiva de uma obesa diante da entrevista de um dos papas da cirurgia bariátrica no Brasil, cheia de preconceitos. Pelo emagrecimento saudável sim, mas contra o preconceito sempre.
O Fat Power surgiu nos Estados Unidos, onde há quarenta nos foi criada a Naafa (National Association to Advance Fat Acceptance) e desde então um grupo crescente de escritores, cineastas, intelectuais, médicos e cientistas reivindicam para si o "orgulho gordo" ("fat pride"). Ele se reúnem na Internet e em simpósios universitários, mantém páginas na web e participam de estudos científicos para defender seu direito à igualdade. O lema da associação: “We come in all sizes” (Nós viemos em todos os tamanhos) está se espalhando pelo mundo.

A maioria dos médicos e cientistas de todo o mundo defendem que o sobrepeso é nocivo para a saúde, pois facilita o aparecimento de diabetes, hipertensão ou câncer de cólon. Mas não dizem que também existem gordos saudáveis e que magreza não é por si só sintoma de saúde e de imunidade a estes mesmos males.
Quem tem sobrepeso deve emagrecer, se quiser, assim como se deve cuidar da saúde mesmo sendo magro. Mas isto não pode significar preconceito nas atividades sociais ou no trabalho. E que a ciência desscubra porque alguns engordam e outros não e porque os metabolismos são diferentes e como se pode ter uma atuação eficaz sobre isto.
Com a palavra a escritora Marilyn Wann, 129 quilos,autora do “Fat, So” (Gorda e daí?):" Dizer 'sobrepeso' já denota conotações negativas e preconceitos. E 'obesidade' é um termo clínico, para nos tratar como doentes. Eu quero que me chamem de gorda. Eu sou gorda."

Wann acredita que os médicos assumiram o estereótipo de gordo culpado e se dedicam com empenho a confirmá-lo. "Eles têm os mesmos preconceitos que o resto do mundo. Não é preciso procurar muito nos anais médicos para ver que há anos se tratava a homossexualidade como uma doença. Agora sofremos o mesmo, mas com os gordos."

Mas alguns estudiosos se atrevem a desafiar o "status quo" médico. Linda Bacon, professora no City College de San Francisco e doutora em fisiologia, é autora de "Saúde em todos os tamanhos", um livro pioneiro em seu campo, muito respeitado entre a chamada comunidade do orgulho gordo e no qual afirma que é possível ser perfeitamente saudável em qualquer tamanho.
O preconceito se agrava e hoje atinge não só obesos mas os chamados gordinhos...Já pensou o que seria de
Marylin Monroe no mundo das super models de hoje? No auge da sua forma - quando virou a cabeça do presidente Kennedy pelo avesso, por exemplo - pesava 63kg e tinha 1,67m de altura... E quem não desejaria ser um sex simbol assim?

Um comentário:

Anna França disse...

Regina, cada vez mais eu gosto do seu blog e esse post é definitivamente um dos melhores. Adorei. Força aí amiga. Eu também estou fazendo exames para saber o que aconteceu com meu metabolismo, que não perco uma grama e estou pré-diabética. Mas como não tenho o tal IMC 40 é preciso investigar. Enfim, os medicos também estão perdidos.